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Impacto do conflito entre Israel e Irã no frete aéreo internacional

Como o cenário Israel e Irã pressiona o transporte aéreo de cargas no Brasil

Com as tensões entre Israel e Irã afetando o espaço aéreo do Oriente Médio, o frete aéreo internacional sofre atrasos e custos adicionais – veja como isso reflete no Brasil.

O recente conflito entre Israel e Irã tem causado fortes repercussões no setor de frete aéreo internacional. O fechamento do espaço aéreo em regiões estratégicas como Israel, Irã, Iraque e Jordânia forçou companhias aéreas a redirecionarem rotas importantes entre Europa, Ásia e Oriente Médio. Isso já resulta em atrasos, aumento do tempo de voo e, principalmente, em maiores custos operacionais que também afetam as exportações brasileiras.

Com rotas desviadas por países como Turquia, Egito e Arábia Saudita, o tempo de viagem se alonga consideravelmente. Esse desvio implica maior consumo de combustível e maior desgaste das aeronaves, o que encarece o transporte de mercadorias. Para o Brasil, que depende de conexões aéreas com diversos pontos da Europa e da Ásia para escoar produtos de alto valor agregado, o impacto é direto e sentido tanto por grandes empresas quanto por pequenos exportadores.

A mudança nas rotas também gera sobrecarga em aeroportos alternativos como Istambul, Doha e Dubai. Essa concentração de voos causa gargalos logísticos e compromete a fluidez dos processos de embarque, desembarque e conexão de cargas. Exportadores brasileiros que trabalham com produtos sensíveis ao tempo, como farmacêuticos, eletrônicos e perecíveis, enfrentam desafios ainda maiores para cumprir prazos e garantir a integridade das mercadorias.

Além do transporte em si, o conflito impulsionou os preços do petróleo no mercado internacional, o que tende a elevar ainda mais o custo dos fretes aéreos. Esse efeito se espalha por toda a cadeia logística brasileira, desde o aumento no valor de insumos agrícolas até o custo de reposição de estoque para o comércio internacional. O agronegócio, por exemplo, já sente reflexos nos fretes expressos de defensivos e peças de reposição.

Diante desse cenário de instabilidade, as empresas brasileiras precisam repensar suas estratégias logísticas. Diversificar rotas, firmar parcerias com operadores globais experientes em gestão de risco e negociar cláusulas contratuais mais flexíveis são caminhos recomendados. Enquanto o conflito entre Israel e Irã perdurar, o frete aéreo internacional continuará sob pressão — e o Brasil, como parte da engrenagem global, precisa se adaptar rapidamente.

Fonte: Carta Capital

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